CEF quer aquecer a demanda para retomada da construção civil

O setor da construção civil está mais confiante em relação as perspectiva das empresas no futuro. Pelo menos foi o que indicou recentemente a Fundação Getúlio Vargas (FGV), após uma sondagem feita com 701 empresas. O último Índice de Confiança da Construção (ICST) foi alta de 0,2 ponto em março, alcançando os 66,8 pontos. A conquista é meritória haja vista que houve três recuos seguidos.

 

O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou um ponto e alcançou os 71,1 pontos.  A demanda prevista para os próximos três meses, que subiu 2,1 pontos em relação a fevereiro foi o que mais contribuiu para a alta do número.

 

Na avaliação do acumulado do ano, o ICST apresenta redução de 2,6 pontos, o que refletirá na continuidade da contração da atividade do setor em 2016.

 

O Índice da Situação Atual (ISA-CST) diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, em 0,6 ponto. Chegou, assim, aos 63 pontos. A sua maior contribuição negativa foi o indicador que capta a percepção em relação ao tamanho atual da carteira de contratos da empresa, que caiu 0,9 ponto.

 

Tudo indica que o setor começará a reagir mesmo. A Caixa Econômica Federal integra ações para reaquecer o mercado imobiliário elevando a cota do financiamento para aquisição de imóveis usados e ainda reabre a oferta de empréstimos para compra do segundo imóvel.

 

Antes a cota era de 50% e passou para 70% nos contratos pelo Sistema de Financiamento Habitacional (SFH) com valor até R$ 750 mil. Para viabilizar os empréstimos, a CEF contará com recursos adicionais de R$ 16,1 bilhões, elevando em 64 mil o número de unidades habitacionais em relação ao ano passado. Além de elevar a cota de financiamento, serão disponibilizados R$ 7 bilhões do total de R$ 9,5 bilhões pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS - para a linha de crédito Pró-Cotista. As taxas de juros vão variar de 7,85 a 8,85% ao ano, no caso dos imóveis de até R$ 750 mil.

 

A meta é aquecer a demanda para que se tenha um impacto de maior acesso à moradia e à retomada da construção civil.

“Quando os agentes econômicos disponibilizam mais recursos para financiamento, possibilitam que os que estão em busca de um imóvel tenham mais possibilidade de compra, e precise ter menos capital próprio, que muitas vezes é difícil de ter. Portanto, é uma medida que vem para reaquecer um pouco o mercado imobiliário, digo um pouco porque há outros fatores que decidem a compra, como estabilidade política e econômica, o que parece estarmos difícil de alcançar em curto prazo”, disse o presidente Sinduscon-Tap, Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis.

 

De acordo com o economista, Luis Deos, para os investidores que almejam vender o bem no futuro pode-se dizer que é um bom momento para comprar. “Devido ao momento econômico e com dinheiro em mãos faz-se grandes negócios é bom o comprador se perguntar se conseguirá vender ao preço esperado posteriormente e quanto tempo será necessário esperar para vender com a rentabilidade necessária. O ideal é comprar na baixa para vender na alta. Uma coisa é certa, são nesses momentos que aparecem grandes oportunidades e para pega-las é necessário pesquisá-las e colocar no bico do lápis”.     

Tendo em vista o mercado imobiliário, Luis Deos afirma que o cenário econômico cria condições ideais para que os imóveis já prontos ou em vias de término possam ser negociados por preços mais baixos. “Em uma economia totalmente liberal, sem intervenção nenhuma do governo, não há necessidade de fixar preços, o reequilíbrio da inflação é comandado apenas pela lei da oferta e da procura. Nesse sentido, quem faz o preço é o mercado e independente de ser imóvel pronto ou em vias de término o mercado é quem faz o preço. Na atual conjuntura de mercado, com dinheiro na mão fazem-se grandes negócios”, conclui o economista.

 

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